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III O polvo Paulo

Quinta-feira, 31.05.12

[Fora da caixa e a braços com o futuro]

 

 

O futuro pode ser proeminente, ter doçura Häagen-Dazs, ser lido em folhas de chá, interpretado nos búzios, estar à vista por cima das nossas cabeças nos astros ou encontrado nas cartas da Maya. Pode estar até onde menos se espera. Quem sabe ao virar da esquina!

No entanto, o país inteiro está (à escuta?) atento ao que o polvo Paulo tem (a dizer?) a prognosticar. E, em exclusivo.

Perdendo as potenciais e habituais características lagareiras em relação aos cefalópedes seus familiares, Paulo ganha as de sibila. Porquê?

O polvo Paulo, aparentado do polvo Paul (com uma taxa certeira de sucesso no prognóstico de 8 jogos consecutivos), versão palhaço pobre e que habita o aquário do Sea Life Porto, pronunciou-se sobre os desígnios futebolísticos nacionais.

Previu, nesta terça-feira, a derrota de Portugal contra a Alemanha no Euro 2012, a 9 de Junho em Lviv, na Ucrânia.

Embora hesitando no empate (o que deixa espaço para a esperança), pois parece que não entrou de rompante na caixa respectiva, acabou por se decidir pela derrota, vaticinando qual pitonisa, devido às circunstâncias vacilantes da adivinhação, um jogo renhido.

Depois do empate a zero com a Macedónia, um certo clima de desaire instala-se em torno da selecção nas vésperas do último jogo de preparação, com a Turquia, a realizar na Luz.

   Jornalisticamente falando é coisa antiga e do conhecimento geral a ideia de que um cão morder um homem não é notícia. Já um homem morder um cão possui regalias de abertura de telejornal. O insólito é e sempre será um afrodisíaco informativo.

Vai daí um polvo que vaticina, cândido, resultados de futebol é por si só notícia.

Mas há ainda mais a dizer sobre o caso. Jogada de marketing do Sea Life Porto? Também, mas...

   Não tenho dúvidas de que um país com um polvo adivinho (e interessado nisso e orgulhoso) é uma nação com futuro assegurado.

Com ele findaram as minhas preocupações em relação à crise.

Para trás ficam os “eurobonds” que não são, nem deixam de ser, o FMI, a Troika, os casos, a politiquice, etc., etc.

Um país com um polvo e, ainda por cima um com garantias de nome de apóstolo, capaz de previsões acertadas, tem o futuro salvaguardado.

   Quanto ao resultado do jogo…

Da Alemanha tratamos depois.

Já vai sendo tradição.

Umas vezes Merkel outras Schweinsteiger.

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publicado por Carlos M. J. Alves às 09:15


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