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III Da marquise para a loja de decoração

Terça-feira, 29.01.13

Em termos de decoração considero-me uma tela em branco. Calcário com potencial para receber uma obra-prima ou barro impoluto. E, por isso, tenho dúvidas quanto aos programas que se lhe dedicam com fé equivalente à da busca do Santo Graal

     Um programa de decoração e remodelação afoita o esteta, abona o pouco prático, enaltece o bibelot, põe-nos a conviver com o enfeite, a fazer combinar o ornato, a desejar viver nas prateleiras da Moviflor e a aparecer nos catálogos do Ikea.

Vê-lo coloca as minhas sinapses em funcionamento flipper. Questiono para onde vai o que existia? Como sobrevive o que fica à chuva? A busca desenfreada pela simetria género irmãs Olsen em coluna de mármore acicata em mim um desconforto incómodo. Não me impressionam as audiências. Não vou em modas.

     Ao cair do pano, quando acabo de ver o episódio fico com a ideia de que tenho domicílio pouco apresentável e cheio de malinas de mau gosto. Habitualmente nasce em mim uma ira estética descontrolada e histérica. 

     Só um programa de decoração consegue meter um Taj Mahal numa arrecadação. Três Rossios numa só Betesga. Um Terreiro do Paço numas águas furtadas. De um T1 fazer um solar ou de uma sala de jantar uma abadia. Ficando, ligeiramente, aquém de uma Torre de Belém à escala.

     É um universo com colaboradores com capacidades de profetas aptos a andar sobre a água e que faz render metros quadrados como quem multiplica pães.

Uma equipa de pedreiros em dinâmica Zumba em vias de metamorfosear um hall de entrada em berçário e dando sumiço ao passado arquitectónico.

Siza e Neimeyer acoplados, com olho para cortinados e renunciando às opções anteriores. Ases da demolição e do trompe-l'œil, sem paciência para arrumos. Capazes de trocar o heliocentrismo pelo geocentrismo só para a varanda ficar de caras ao sol. 

Ou abrir o Mar Vermelho e no intervalo conquistar mais duas assoalhadas. Arautos do quintal subaproveitado, do jardim crespo de erva daninha, do anexo em ruínas.

Gente apta a negociar com a viga mestra. Lançando ultimatos a azulejos e optando pelo open space. Abdicando da lareira e fazendo a garagem debaixo do lava loiça.

Recuperam linóleos a frascos de soro.  Convencem em relação a cores leves por questões de jovialidade e tratam a luz como Visconti captando o essencial. Acrescentam espelhos para dar ares de... alcatifam, derrubam, implodem...

Fazem intervenções venosas ao nível das humidades para desaparecer com o ar de barracolândia. Vidro e aço para modernizar. Cortiça para aportuguesar. Paredes falsificadas. Mais o kitsch, a arte nova, o importado, o arraçado, o "até parece que..."

Tudo em harmonias de Nana Mouskouri aplicável em camadas finas. Contornando canos e instalações eléctricas. Mudando funções e localizações.

Vida mudada, calaftada e em aplicações stencil ou papel de parede lavável. De marquise refeita e em ambiente loja de decoração.

O que mais se poderia desejar?

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publicado por Carlos M. J. Alves às 16:03

III O Inverno do nosso descontentamento*

Sábado, 19.01.13

A partir de certa altura se ela era interior passou por um raio X especial que a deixou à flor da pele, deixando perceptível as linhas com que a nossa vida se cose e um habitáculo penalizado pelo acumular de geadas e maresias hostis que o fato Giovanni Galli alicia com sucesso comparável ao da participação portuguesa num Festival da Eurovisão.

A idade, claro! Que nos relembra a varicela que nos atacou como uma Blitzkrieg implacável cruxificando-nos sanguinária até à fronteira das axilas, pondo-nos em bicos dos pés para conseguir a salvação. Que nos cobra até pastéis de massa tenra antigos. Que nos atira à cara: "Continuas cá hoje, mas não me esqueci da festa de ontem!".

Por ela passamos a viver paredes meias com o plebeísmo de bactérias e vírus comedores da nossa carne e ânimo.

Ficamos com costas próprias de aleijões e músculos activos em minoria. A nossa sobrevivência miocardicamente ameaçada. A definição dando lugar à deformação. O vigor à dificuldade em atingir com sucesso o terceiro andar sem elevador.

A arrogância do drama do quebradiço das unhas deixa de ser um caso de vida ou morte para a inevitabilidade de um ataque diabético o ser, efectivamente.

De hálito falso exalando eucalipto em pastilhas ambientadoras poderosas.

A pele amarelecendo e ganhando sinais extra como buracos suplementares num green pejado de filoxera. 

Um sistema imunitário em condições não aceites por um frequentador assíduo do eBay.

Os fémures encolhendo e degenerescências várias eclodindo. O queixo em reunificação com o pescoço. O estômago com restos da feijoada de 1985 em vinha de alhos marinando sucos auto-destrutivos, em auto-flagelação gástrica. O colesterol em negociação com as morcelas de arroz ingeridas. Acuidade visual pitosga. Os alvéolos em asfixia continuada devido ao sedentarismo. Bipedismo manco. O cabelo movimentando-se no sentido do centro do crânio, como placas tectónicas arrastando-se angustiadas e as pontas outrora espigadas, desaparecendo pela força erosiva dos anos. 

     Em relação à idade somos uma comadre maldizente, garantindo que se ela não existisse não devia ser inventada.  Com disposição de "Só me saem é duques!". Tentada em trocar a maturidade e a sabedoria por tréguas ao nível dos incómodos da anca. Desfazendo-se dos ruídos orgânicos enigmáticos, salivações estranhas, febres diabólicas. Tomando a dianteira num cortejo de mezinhas para dores e unguentos para mal estares. Afreguesada nas lucubrações e impropérios de quem clama: “Quando chegares à minha idade!”.

Alertas vermelhos e amarelos distribuídos de norte a sul pela cabeça, tronco e membros. Vento forte ao nível pulmonar e  da tensão arterial, aguaceiros prolongados ao nível hepático, humidade ao nível da sinusite...

     Uma coisa é certa, com o passar dos anos os aniversários deixam de ser primaveras para se tornarem o inverno do nosso descontentamento.

 

*A propósito do filme Amour (2012) de Michael Haneke.

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publicado por Carlos M. J. Alves às 12:11

III No futuro todos seremos bonitos

Segunda-feira, 14.01.13

Para a dona Perpétua que em relação a estética sempre esteve à frente de Kant.

 

 

Em dia de enfartamentos próprios das náuseas, derivadas dos exageros, não há trapo ou elogio que compense os estragos feitos na carcaça. Nesses dias lembro-me, invariavelmente, da dona Perpétua. 

     A ficção é pouco certa no que diz respeito a verdades, mas posso jurar que de tempos em que achava que tivessem sido outras as condições e eu me distinguiria da classe operária ao ponto de ocupar, com destaque, o lugar de McCartney nos Fab Four, das minhas vizinhas - tão certeiras nos vaticínios como na aposta ganha de estender roupa em dias de chuva iminente veio a promessa:

 

"Vai deixar muitas sem ceia!"

 

Para efeitos de exactidão narrativa foi com a mais velha - dona Perpétua - com mais de pitonisa do que as outras e algures entre os treze e os catorze ou pelo menos recém-chegado à adolescência que surgiu a aposta. Suscitada pelo vislumbre do meu corpo franzino, com tufos de pêlo insuficientes na cara para  ter barba cerrada. 

     Dona Perpétua que de proprietária só tinha a largueza pública das ruas era mulher de olhar certeiro e insidioso o que me levou a considerar o que afirmara. Suacelência Miss Moneypenny dona Perpétua, olhando com deferência para os meus contornos, arredondando onde era preciso e concedendo vértice onde ele fazia falta embelezou onde carecia a minha silhueta, em acne perfeito, em ângulo insidioso de estéticas favorecedoras e fez despontar em mim - a seus olhos em reação anafiláctica míope - um semblante de anjo da capela sistina e corpo voluptuoso de Adónis. Uma figura alienígena inexistente e esbelta chegada de fresco da nave mãe.

     No entanto, suacelência Miss Moneypenny dona Perpétua, falhou. Talvez por a beleza poder ser subjectiva, relativa, exótica... O futuro não exigiu convites apressados a artistas solidários com a luta contra a fome no mundo, provocada pela minha beleza estonteante e nenhum Live Aid extra foi organizado por minha causa. As vítimas não se contaram às centenas e a probabilidade de isso acontecer é equivalente à de Courtney Love se tornar uma dona de casa prendada e entusiasta dos lavores. Ninguém ficou sem ceia, por minha causa.

     Obviamente que a explicação para a aposta das minhas vizinhas se encontrava no seu passado áureo (que replicavam em mim) repleto de êxitos ao nível da sua capacidade ímpar para dançar (bailar será o termo mais aproximado) dignos de um Bolshoi e a sua beleza inebriante (desmentida pelas fotografias da época, ainda, em circulação).

     O passado das minhas vizinhas turvado pelo futuro que se lhe seguiu catapultava-as para a fama de belas Helenas (Como habitualmente acontece!), com pretendentes embeiçados em múltiplos portos por si nunca pisados  e rainhas da pista de dança em tabuados de clube recreativo de aldeia, partilhando um único poste de electricidade. Como elas também eu seria belo e dotado para os boleros.

     Parece que ainda a estou a ver dona Perpétua à janela a dizer adeus a quem passa. E eu a olhar para ela com ares de Humphrey Bogart a caminho do nono ano, de respiração presa para enfolar o peito. Uma estampa hollywoodesca nascida e criada lá na rua.

     Claro que acabamos por perceber primeiro que a beleza está nos olhos de quem vê e não em pormenores de simetria, harmonia, luz ou ângulos. Blá, blá, blá... E segundo que, mesmo mergulhado num escafandro mal enjorcado ou com a costura do umbigo proeminente, todos temos uma hora de sorte. Mesmo para aqueles que nunca vivam a Vida Loca ou nunca passem o tempo a comer ostras, acabando afrodisiacamente activados para o que der e vier.

A dona Perpétua sempre teve razão. No futuro, mesmo discordando no que diz respeito a Godard e à quantidade ideal de hidratos de carbono a ingerir, aos olhos de alguém, todos seremos bonitos. Mesmo que ninguém acabe sem ceia. 

     Não tenho dúvidas de que as promessas (mesmo as não concretizadas) do passado dão óptimas ilusões para os dias em que achamos que a idade nos pesa como se andássemos cá desde o primeiro dia em que o homem ganhou polegar oponível. E nos transformámos num ogre com flacidez crescendo até nas pálpebras. Tiram quilos, mudam pneus e desempalidecem consoante as necessidades. Obrigado dona Perpétua.

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publicado por Carlos M. J. Alves às 14:26

III Não se ama alguém que não ouve a mesma canção

Quinta-feira, 10.01.13

Nas galerias o público ouve, pouco convencido e com o fígado já em iscas, o orador com expectativas de "Estás-me a dar música". O deputado arfa, com aspecto de frango depenado de fresco, como se estivesse em parte mais ou menos incerta, a meio da especial da rampa da Falperra, dentro de galochas dois números a cima.

A Presidente da Assembleia, ciosa, continua a tirar os tempos em pose institucional e feminina de Michael Corleone.

  Os colegas da maioria cantarolam upbeat, impávidos e em vibrato irrepreensível 99 Luftballons, elogiando os elementos do FMI e a mutterland.

  Os amigos de coligação, membros honoríficos do Club Med, que usam a bancada por uma espécie de usucapião democrático, vão assobiando para o alto, resignados com um "Isto é que está um Orçamento de Estado!", enquanto mantêm ares de quem anda empenhado em salvar o último lince ibérico. 

   A oposição, pouco disponível para o sim, sempre alerta como o melhor dos escuteiros Mirim, divide-se entre panegíricos Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim  (BE) e revivalismos com galhardia de Zeca Afonso (CDU).

   O tempo do deputado-que-arfava-como-se-estivesse-a-meio-da-especial-da-rampa-da-Falperra terminou.

Quando se apercebe disso lança olhares perplexos, de como quem vê um porco a andar de bicicleta, para a-maioria-que-cantarola-impávida-e-em-vibrato-irrepreensível-99-Luftballons, ainda elogiando os membros do FMI e a mutterland.

  Os amigos de coligação, membros honoríficos do Club Med, vão assobiando para o alto, oscilando entre salvar o último lince ibérico e a mais urgente questão, a que dedicam a sua atenção, de o que fazer em primeiro lugar em caso de invisibilidade repentina. 

  A oposição está dividida entre os que batem palmas ou apupam o deputado-que-arfava-como-se-estivesse-a-meio-da-especial-da-rampa-da-Falperra e os que não se manifestam, por não irem em paetadas gerais. Habitualmente do contra, não se revê nas questões dos amigos-de-coligação-membros-honoríficos-do-Club-Med-que-vão-assobiando-para-o-alto, à excepção dos Verdes para quem a problemática do lince ibérico é cara e substituí-as pela mui nobre reflexão acerca do problema de descobrir a razão por que a cerveja é o líquido que, aparentemente, mais dificuldade temos em reter, atacando-a como quem se lança a uma pinhata. 

  No final da sessão, o deputado-que-arfava-como-se-estivesse-a-meio-da-especial-da-rampa-da-Falperra, aficionado amador do violino (o seu grande sonho) sai apressado e de fininho, com pés de Fred Astaire, com uma partitura antiga, proficuamente anotada, debaixo do braço que diz:

 

Joh-Seb. Bach 

Violin-Konzerte


Será ele o solista num concerto de curiosos, esta noite, numa colectividade sem fins lucrativos, no seu círculo eleitoral.

  Com Vítor Gaspar ainda cortando a eito seguem-no, em alvoroço, a-maioria-que-cantarola-impávida-e-em-vibrato-irrepreensível-99-Luftballons, a oposição contra-revolucionária tremeliques, em modo downtempo de marcha fúnebre e mais atrás os amigos-de-coligação-membros-honoríficos-do-Club-Med-que-vão-assobiando-para-o-alto, desgastados pelas causas recentes.

   Ontem, como hoje, a música é sempre a mesma.

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publicado por Carlos M. J. Alves às 16:16

III Salde-se quem puder!

Sábado, 05.01.13

Há alvoroço junto à secção das peúgas, paredes meias com os peúgos aos losangos. A menina-que-está-a-tomar-conta-das-gangas é amorosa e uma óptima embaixadora da boa vontade para os 50% de desconto e leva velocidade de INEM ao chegar ao local. Pergunta, pronta com ares de funcionária do mês:

- Em que posso ajudar?

Ninguém responde e ela ainda mais pronta do que antes riposta, exacerbando calmas:

- Chega para todos!

     Uma correria desenfreada aos trapos despontou logo à abertura. Uns chegam mais bem preparados do que outros. Veem-se listas  nas mãos dos mais metódicos e folhetos sublinhados com escolhas feitas de véspera nos mais organizados. Há quem apareça com orçamento miúdo e quem arrisque a bancarrota se baixar a guarda quando passar perto dos blazers da última colecção.

     Um homem contagiado à última da altura pelo espírito sôfrego do "bom preço", encolhe, à socapa, quinze quilos do abdómen como se fosse o primeiro dia do resto da sua vida, até lhe servirem umas calças de terylene com  desconto de 30% para quem tiver cartão cliente.

     Esgotaram-se os M da campanha das camisolas interiores do corredor do fundo onde estão, também, os soutiens daquela empresa do norte que faliu. O S, também parece que está por um fio. Uma mãe barafusta com a colega da menina-que-está-a-tomar-conta-das-gangas por já não haver o número da sua criança recém-nascida que já anda perto de ter corpo de uma de três. Consta que sai ao pai que está empenhado algures no Centro a conseguir um colete para latagão, sem mangas, para lhe proteger os brônquios cobiçados pela frialdade das noites em que chega tarde, depois dos desafios concorridos de bisca lambida, no café do Antunes, que só não está com ele porque não vai em modas.

     Às treze horas um pelotão pedala enfurecido até ao monte de camisas de flanela axadrezadas.

Vindo das quinze horas o grupo da frente chegou isolado, com um avanço de pelo menos três minutos às bombazines.

     Uma adolescente continua a arfar histérica frente a uma tshirt estampada com a Lady Gaga trajando dezasseis quilos de polpa da alcatra que dança nas mãos vitoriosas de uma concorrente da escola rival que a acabou de agarrar e que está convencida que irá lindamente com uns sapatos de prateleira que estão duas prateleiras a norte. 

     Alguém cortou a curva por dentro ao sair desiludida de perto das caixas dos artigos com defeito e atirou-se aos pullovers de pura lã virgem. Dizem que são tão bons que há quem jure que ainda ouve as ovelhas balindo. 

     A idosa que se agarrou aos collants pretos espanhóis deu um encontrão violento a uma mulher que apanhou a última mala com pele a imitar cascavel e arriscou-se a uma falta perigosa mesmo à entrada da pequena área dos casacos de malha que ficam mesmo na fronteira com a secção da menina-que-está-a-tomar-conta-das-gangas.

     O  hipster de bigode camiliano perdeu a cabeça no corredor dos hooded tops. Aqueles com nomes de universidades americanas e inglesas.

     O namorado da menina-que-está-a-tomar-conta-das-gangas tirou um bocadinho da sua rotina de quem tem que andar de sol a sol ao tostão para a ir buscar e aproveitou para comprar umas camisolas baratas para o trabalho.

    O hipster de bigode camiliano está descontrolado por ter percebido que a camisa axadrezada nº40 que tinha acabado de namorar tem uma mancha que parece tintura de iodo.

    Será que a gula também se aplica às écharpes?  Estou a pensar na minha vizinha, que Deus tenha a sua alminha em descanso, que não falhava a um dia de saldos e que as tinha lindas.

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publicado por Carlos M. J. Alves às 20:49

III A todos um bom 2013!

Terça-feira, 01.01.13

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publicado por Carlos M. J. Alves às 17:40





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