Máquina da Preguiça®
O texto é uma máquina preguiçosa [Umberto Eco]
III Selecção Nacional: a sul nada de novo
Os italianos têm em Balotelli um génio assanhado. E há os desejos de última hora dos alemães (falo da noitada de Boateng, como é óbvio). Mas nós…
Ele é a fogueira das vaidades - a ostentação, os carros de luxo, as despesas da Selecção de um país que gasta mais do que tem -, David Borges na televisão falando na necessidade de recato face à crise sentida pelo cidadão comum (Lamborghinis e afins), Manuel José, entusiasmado com o seu período egípcio, incrédulo com a preparação (ou falta dela) nacional, Carlos Queiroz apontando dedos, mais Humberto Coelho à mistura. E o contributo questionável da estilista Fátima Lopes (sim, é a moda e tal).
No fundo as polémicas em torno da Selecção Nacional, não passam de uma consequência expectável: portugueses sendo portugueses.
Vencendo antes da taça estar conquistada. O potencial suplantando o resultado. Mais as intrigas.
Até porque, o português é mais de sonhar do que preparar.
Se não vencermos tudo é dado como provado. Se ganharmos (mesmo que pouquinho) tudo será esquecido. O costume.
A esperança é que o níquel que ao que parece está nas camisolas portuguesas, em níveis questionáveis, tenha poderes de combustível supersónico nas pernas lusas e o chumbo que, segundo dizem, se acumula nas alemãs pese nas suas.
Podemos sonhar, não?