Máquina da Preguiça®
O texto é uma máquina preguiçosa [Umberto Eco]
III Azar 0 Sorte 1
Em relação ao jogo de Portugal contra a Alemanha só há duas coisas a dizer:
AZAR
GLÜCK
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III Portugueses do it better
[Lista para reforço da auto-estima, antes do jogo contra os alemães que, por questões de modéstia é reduzida.]
porque em algumas circunstâncias mais vale um português explícito do que um inglês pudico
além de que um português, é imprevisível: joga ao ataque, mesmo quando devia permanecer na defesa
porque os italianos andam enganados e a viver de créditos alheios
os espanhóis é mais touradas
os franceses ainda não ultrapassaram o trauma Sarkozy
os portugueses são inconscientes
aventureiros
porque ser desenrascado acaba por compensar
as saudades são tramadas
a tradição ainda é o que era
contra factos não há argumentos
cada um é para o que nasce
um povo que com uma caravela exígua alcança qualquer parte do globo dá garantias
se queremos alguma coisa bem feita é melhor sermos nós a fazê-la
a experiência é madre todas as cousas
os portugueses conseguem, facilmente, pôr maus resultados em perspectiva
ambicionando laranjas doces são especialistas em fazer limonadas refrescantes de limões ácidos
acham-se melhores do que, realmente, são
e a arrogância tem o seu quê de afrodisíaco
em cada português um special one
os portugueses trabalham bem sobre pressão
estão habituados a desbravar locais onde nenhum homem esteve antes
ficam altamente motivados quando as coisas lhes interessam
adaptam-se, rapidamente, a situações adversas
os portugueses sempre consideraram que tudo o que vem à rede é peixe
podem nem sempre ser meigos, mas vão ao que interessa
tudo aquilo a que se propõem fazem bem
os alemães têm mais com que se preocupar
somos conhecidos por não deixar nada a meio
não poderia ser de outra maneira
Quem conseguir que prove o contrário!
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III Selecção Nacional: a sul nada de novo
Os italianos têm em Balotelli um génio assanhado. E há os desejos de última hora dos alemães (falo da noitada de Boateng, como é óbvio). Mas nós…
Ele é a fogueira das vaidades - a ostentação, os carros de luxo, as despesas da Selecção de um país que gasta mais do que tem -, David Borges na televisão falando na necessidade de recato face à crise sentida pelo cidadão comum (Lamborghinis e afins), Manuel José, entusiasmado com o seu período egípcio, incrédulo com a preparação (ou falta dela) nacional, Carlos Queiroz apontando dedos, mais Humberto Coelho à mistura. E o contributo questionável da estilista Fátima Lopes (sim, é a moda e tal).
No fundo as polémicas em torno da Selecção Nacional, não passam de uma consequência expectável: portugueses sendo portugueses.
Vencendo antes da taça estar conquistada. O potencial suplantando o resultado. Mais as intrigas.
Até porque, o português é mais de sonhar do que preparar.
Se não vencermos tudo é dado como provado. Se ganharmos (mesmo que pouquinho) tudo será esquecido. O costume.
A esperança é que o níquel que ao que parece está nas camisolas portuguesas, em níveis questionáveis, tenha poderes de combustível supersónico nas pernas lusas e o chumbo que, segundo dizem, se acumula nas alemãs pese nas suas.
Podemos sonhar, não?