Máquina da Preguiça®
O texto é uma máquina preguiçosa [Umberto Eco]
III Radiohead: uma questão de inteligência
Um estudo estatístico efectuado por Virgil Griffith, relacionando preferências musicais com níveis de inteligência (medida pelo aproveitamento escolar, nomedamante o SAT (exame americano de admissão à universidade)), coloca os Radiohead numa posição de destaque.
Caminhar na sua direcção é intelectualmente abonatório, segundo Virgil Griffith.
Alguém ainda teria dúvidas quanto a isso? Não quem, como eu, usou e abusou de Creep e que tem até hoje uma dívida de gratidão por isso. Quando estamos certos, estamos certos!
Para sempre recordaremos o riff de Adam Yauch dos Beastie Boys (recentemente desaparecido) em Sabotage, da mesma maneira que quando ouvimos No surprises (lembrei-me a propósito disto, no Delito de Opinião) percebemos que há algo de intrigante na voz de Thom Yorke que irá permanecer.
Os Radiohead existem porque o mundo já não suporta mais nenhuma Celine Dion ou imitadores de Michael Jackson. E porque, como mostrou Muddy Waters, o mundo seria um sítio bem pior sem guitarras eléctricas. O instrumento perfeito para preencher aquilo que mais nos atormenta: o nosso próprio vazio.
Os Radiohead não são só uma banda com boas canções. Em termos de um Feng Shui especialíssimo a música dos Radiohead está virada para outra dimensão. É feita para outro mundo. À parte. É nisso que reside a sua grandeza.
Sei que também gosta de Radiohead! Isso não o faz sentir inteligente?